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O AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

O ACS funciona como elo entre o programa e a comunidade. Está em contato permanente com as famílias, facilitando o trabalho de vigilância e promoção da saúde, realizando atividades de prevenção de doenças e promoção de saúde.

A EQUIPE DA SAÚDE DA FAMÍLIA

Realiza promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde aos indivíduos e famílias na USF e, quando indicado ou necessário, no domicílio em algum espaço comunitário.

SERVIÇOS DE ACOMPANHAMENTO

Acompanhamento de Bolsa Família; Campanhas de Prevenção: Dengue, Tuberculose, Hanseníase, Puericultura, Etc.

PRONTUÁRIO ELETRÔNICO

As informações alimentam o prontuário eletrônico, no qual o médico insere dados clínicos e usa a base de dados para dar diagnósticos mais precisos e indicar tratamentos mais eficientes.

GRUPOS DE SAÚDE

Alguns grupos da nossa unidade: Aurícoloterapia, Terapia Comuntária, Vigilância Nutricional, Higiene Corporal e Pediculose, Hipertensão e Diabéticos, Prevenção à DST / AIDS, Prevenção ao Câncer de Colo de Útero e Mama, Amamentação e Pré-natal.

domingo, 28 de agosto de 2011

PSF VILA ALIANÇA NA 1ª SEMANA DO BEBÊ CARIOCA


ACONSELHAMENTO EM AMAMENTAÇÃO: Uma Visão Holística da Mulher
A necessidade de nutrição do neonato, de modo extra uterino e não mais por via hematogênica, surge com o nascimento, emerge assim a possibilidade do aleitamento materno. A amamentação é um processo de aprendizagem circunstancial, isto é, de acordo com condições favoráveis ou desfavoráveis. Para ajudar a mãe aprender a amamentar e o bebê aprender a mamar o profissional de saúde deve adquirir habilidades inerentes ao processo de aconselhamento em amamentação. O processo de aconselhamento está fundamentado na comunicação facilitadora e na ação construtiva. É um processo de interação do profissional de saúde com a mãe.

Aconselhamento em Amamentação
Os profissionais de saúde aprendem a identificar e resolver problemas. Contudo, para que essa ajuda seja efetiva não basta dar informação. Também é necessário auxiliar a identificação da origem dos problemas, sugerindo possíveis caminhos. Para isto, é importante não só o que se diz, mas a forma como se diz.

Aconselhamento da Amamentação no Pré-natal
O formulário de História da Amamentação pode auxiliar a abordagem na consulta individual e na visita domiciliar:
- Saúde materna.
- Alergias maternas e familiares.
- Mamas e mamilos, cirurgias e doenças.
- Historia prévia de amamentação.
- Gravidez atual (conhecimentos e preocupações da mãe, planos para utilização de leites artificiais).

Temas a serem abordados na consulta individual/visita domiciliar ou grupos
- Discussão sobre preocupações, duvidas e expectativas sobre o aleitamento;
 - materno e a maternidade;
 - Valorização do alojamento conjunto;
 - Importância da amamentação na sala de parto e nas primeiras horas apos o parto para o estabelecimento de um aleitamento materno com sucesso;
- Abordagem das técnicas de posição da mãe e do bebe, pega da aréola, massagem e expressão manual das mamas; amamentação sob livre demanda e alternância das mamas.

Cuidados com as mamas e os mamilos
- É recomendado banho de sol, sem soutien, sempre que possível, por aproximadamente 10 minutos diários ate as 9 h ou apos as 16h. Como alternativa pode-se utilizar banho de luz com lâmpada de 40w, a 50 cm de distancia da mama;
- Não são recomendadas massagens com cremes, fricções ou expressão de colostro;
- Deve ser aconselhada a lavagem das mamas com água sem sabão (para não remover os óleos naturais da sua pele) durante a higiene diária;
- É favorável a utilização de um soltem confortável, não apertado, de preferência de tecido de algodão;
- Não se recomenda manobras para mamilos rasos ou invertidos durante essa fase. Este tipo de prática e ineficaz ou até associada a um impacto negativo na amamentação;
- Implantes de silicone ou redução mamária quase sempre não impedem ou interferem na amamentação.

Manejo da Amamentação

O acompanhamento da amamentação precisa ser realizado em momentos-chave, como: a Visita Domiciliar na Primeira Semana de Vida e o Acolhimento Mãe-bebê na unidade de saúde. Essas ações devem acontecer justamente quando há grandes probabilidades da mãe estar ansiosa, com dúvidas e dificuldades para amamentar. Atenção à apojadura, quando as mamas costumam ficar cheias, doloridas e com maior risco de fissuras mamilares. Esses encontros favorecem o vínculo da família com a unidade de saúde. Lembrar que deve ficar muito claro a disponibilidade de busca da unidade em qualquer situação de dúvidas e/ou dificuldades no cuidado do bebê ou da própria mãe.

A necessidade de nutrição do neonato, de modo extra uterino e não mais por via hematogênica, surge com o nascimento, emerge assim a possibilidade do aleitamento materno. A amamentação é um processo de aprendizagem circunstancial, isto é, de acordo com condições favoráveis ou desfavoráveis. Para ajudar a mãe aprender a amamentar e o bebê aprender a mamar o profissional de saúde deve adquirir habilidades inerentes ao processo de aconselhamento em amamentação. O processo de aconselhamento está fundamentado na comunicação facilitadora e na ação construtiva. É um processo de interação do profissional de saúde com a mãe.

ENFERMEIRA/GERENTE TÉCNICO DA USF VILA ALIANÇA/CAP 5.1:
Aline Azevedo Vidal

ENFERMEIRAS DA USF VILA ALIANÇA/CAP 5.1:
Danielle Nogueira de Oliveira, e Rose Procopio Chelluci

Tabagismo

 
Doenças associadas ao uso dos derivados do tabaco
A presença de cerca de 4.720 substâncias presentes na fumaça dos derivados do tabaco, faz com que o tabagismo seja responsável por aproximadamente 50 doenças Muitos estudos desenvolvidos até o momento evidenciam que o consumo de derivados do tabaco causa quase 50 doenças diferentes.

Está comprovado que o tabagismo é responsável por:
• 200 mil mortes por ano no Brasil (23 pessoas por hora);
• 25% das mortes causadas por doença coronariana - angina e infarto do miocárdio;
• 45% das mortes por infarto agudo do miocárdio na faixa etária abaixo de 65 anos;
• 85% das mortes causadas por bronquite crônica e enfisema pulmonar (doença pulmonar obstrutiva crônica);
• 90% dos casos de câncer no pulmão (entre os 10% restantes, 1/3 é de fumantes passivos);
• 25% das doenças vasculares (entre elas, derrame cerebral).
• 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer (de boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo de útero, leucemia);

As mais recentes estimativas mundiais sobre câncer, divulgadas pelo GLOBOCAN 2008 , apontam 12,7 milhões de casos novos e 7,6 milhões de óbitos por câncer no mundo. O tipo com maior mortalidade foi o câncer de pulmão (1,3 milhão de mortes).
No Brasil, o câncer de pulmão é o tipo de tumor mais letal e também uma das principais causas de morte no país. Nas estimativas para o ano de 2010, válidas também para o ano de 2011, são esperados 28 mil novos casos de câncer de pulmão , sendo 18mil homens e 10 mil mulheres Ao final do século XX, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitável.
O consumo de tabaco é o mais importante fator de risco para o desenvolvimento de câncer de pulmão. Comparados com os não fumantes, os tabagistas têm cerca de 20 a 30 vezes mais risco de desenvolver câncer de pulmão.
Em geral, as taxas de incidência em um determinado país refletem seu consumo de cigarros. (Estimativa/2010 – Incidência de Câncer no Brasil – Inca – Ministério da Saúde).

Outras doenças relacionadas ao tabagismo:
• hipertensão arterial;
• aneurismas arteriais;
• úlcera do aparelho digestivo;
• infecções respiratórias;
• trombose vascular;
• osteoporose;
• catarata;
• impotência sexual no homem;
• infertilidade na mulher;
• menopausa precoce;
• complicações na gravidez;

Porém, ao parar d efumar, o risco de ter essas doenças vai diminuindo gradativamente e o organismo do ex-fumante vai se restabelecendo.

Quer parar de fumar
A pessoa que fuma fica dependente da nicotina. Considerada uma droga bastante poderosa, a nicotina atua no sistema nervoso central como a cocaína, heroína, álcool, com uma diferença: chega ao cérebro em apenas 7 a 19 segundos. É normal, portanto, que, ao parar de fumar, os primeiros dias sem cigarros sejam os mais difíceis, porém as dificuldades tendem a ser menores a cada dia.

As estatísticas revelam que os fumantes comparados aos não fumantes apresentam um risco:
• 10 vezes maior de adoecer de câncer de pulmão
• 5 vezes maior de sofrer infarto
• 5 vezes maior de sofrer de bronquite crônica e enfisema pulmonar
• 2 vezes maior de sofrer derrame cerebral

Se parar de fumar agora...
• após 20 minutos sua pressão sangüínea e a pulsação voltam ao normal
• após 2 horas não há mais nicotina no seu sangue
• após 8 horas o nível de oxigênio no sangue se normaliza
• após 2 dias seu olfato já percebe melhor os cheiros e seu paladar já degusta a comida melhor
• após 3 semanas a respiração fica mais fácil e a circulação sanguínea melhora
• após 10 anos o risco de sofrer infarto do coração será igual ao de quem nunca fumou, e o risco de desenvolver câncer de pulmão cai à metade.
• após 20 anos o risco de desenvolver câncer de pulmão será quase igual ao de quem nunca fumou.

Tabagismo passivo
Define-se tabagismo passivo como a inalação da fumaça de derivados do tabaco (cigarro, charuto, cigarrilhas, cachimbo e outros produtores de fumaça) por indivíduos não-fumantes, que convivem com fumantes em ambientes fechados. A fumaça dos derivados do tabaco em ambientes fechados é denominada poluição tabagística ambiental (PTA) e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), torna-se ainda mais grave em ambientes fechados. O tabagismo passivo é a 3ª maior causa de morte evitável no mundo, subseqüente ao tabagismo ativo e ao consumo excessivo de álcool (IARC, 1987; Surgeon General, 1986; Glantz, 1995).

O ar poluído contém, em média, três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono, e até cinqüenta vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca do fumante depois de passar pelo filtro do cigarro.

A absorção da fumaça do cigarro por aqueles que convivem em ambientes fechados com fumantes causa:
1 - Em adultos não-fumantes:
• Maior risco de doença por causa do tabagismo, proporcionalmente ao tempo de exposição à fumaça;
• Um risco 30% maior de câncer de pulmão e 24% maior de infarto do coração do que os não-fumantes que não se expõem.

2 - Em crianças:
• Maior freqüência de resfriados e infecções do ouvido médio;
• Risco maior de doenças respiratórias como pneumonia, bronquites e exarcebação da asma.

3 - Em bebês:
• Um risco 5 vezes maior de morrerem subitamente sem uma causa aparente (Síndrome da Morte Súbita Infantil);
• Maior risco de doenças pulmonares até 1 ano de idade, proporcionalmente ao número de fumantes em casa.

Fumantes passivos também sofrem os efeitos imediatos da poluição tabagística ambiental, tais como, irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, cefaléia, aumento de problemas alérgicos, principalmente das vias respiratórias e aumento dos problemas cardíacos, principalmente elevação da pressão arterial e angina (dor no peito). Outros efeitos a médio e longo prazo são a redução da capacidade funcional respiratória (o quanto o pulmão é capaz de exercer a sua função), aumento do risco de ter aterosclerose e aumento do número de infecções respiratórias em crianças.

Os dois componentes principais da poluição tabagística ambiental (PTA) são a fumaça exalada pelo fumante (corrente primária) e a fumaça que sai da ponta do cigarro (corrente secundária). Sendo, esta última o principal componente da PTA, pois em 96% do tempo total da queima dos derivados do tabaco ela é formada. Porém, algumas substâncias, como nicotina, monóxido de carbono, amônia, benzeno, nitrosaminas e outros carcinógenos podem ser encontradas em quantidades mais elevadas. Isto porque não são filtradas e devido ao fato de que os cigarros queimam em baixa temperatura, tornando a combustão incompleta (IARC, 1987). Em uma análise feita pelo INCA, em 1996, em cinco marcas de cigarros comercializados no Brasil, verificou-se níveis duas 2 vezes maiores de alcatrão, 4,5 vezes maiores de nicotina e 3,7 vezes maiores de monóxido de carbono na fumaça que sai da ponta do cigarro do que na fumaça exalada pelo fumante. Os níveis de amônia na corrente secundária chegaram a ser 791 vezes superior que na corrente primária. A amônia alcaliniza a fumaça do cigarro, contribuindo assim para uma maior absorção de nicotina pelos fumantes, tornando-os mais dependentes da droga e é, também, o principal componente irritante da fumaça do tabaco (Ministério da Saúde, 1996).

Jovens e mulheres na mira da indústria do tabaco
A promoção e o marketing de produtos derivados do tabaco junto ao público jovem são essenciais para que a indústria do fumo consiga manter e expandir suas vendas. O tabaco é a segunda droga mais consumida entre os jovens, no mundo e no Brasil, e isso se deve às facilidades e estímulos para obtenção do produto, entre eles o baixo custo. A isto somam-se a promoção e publicidade, que associam o tabaco às imagens de beleza, sucesso, liberdade, poder, inteligência e outros atributos desejados especialmente pelos jovens. A divulgação dessas idéias ao longo dos anos, e o desconhecimento dos graves prejuízos causados à saúde pelo tabaco, tornou o hábito de fumar um comportamento socialmente aceitável. A prova disso é que 90% dos fumantes começam a fumar antes dos 19 anos de idade. Seduzir os jovens faz parte de uma estratégia adotada por todas as companhias de tabaco visando substituir os que deixam de fumar ou morrem, por outros consumidores que serão aqueles regulares de amanhã.

Nos arquivos secretos oriundos de documentos internos de grandes empresas transnacionais do tabaco, finalmente revelados durante uma ação judicial movida contra elas por estados norte-americanos crianças e jovens são descritos como "reservas de reabastecimento" e um dos principais alvos estratégicos, devendo se tornar dependentes do cigarro ainda cedo. Além disso, os documentos comprovam que, apesar de a indústria do tabaco se posicionar publicamente de uma forma, suas verdadeiras intenções são completamente opostas. Veja alguns exemplos:

"Eles representam o negócio de cigarros amanhã. À medida que o grupo etário de 14 a 24 anos amadurece, ele se tornará a parte chave do volume total de cigarros, no mínimo pelos próximos 25 anos."
J. W. Hind, R.J. Reynolds Tobacco, internal memorandum, 23rd January 1975

"Atingir o jovem pode ser mais eficiente mesmo que o custo para atingí-los seja maior, porque eles estão desejando experimentar, eles têm mais influência sobre os outros da sua idade do que eles terão mais tarde, e porque eles são muito mais leais à sua primeira marca."

Após a divulgação desses documentos e principalmente dos recentes avanços alcançados pela saúde pública no controle do tabagismo, a indústria fumígena passou a adotar estratégias na tentativa de reconstruir sua imagem junto ao público, e dar a impressão de que é contra o consumo de tabaco entre os jovens. Promove medidas supostamente dirigidas para prevenir o tabagismo entre menores de idade, criando campanhas e utilizando a idéia de que "fumar é para adultos". Porém, na verdade, ao apresentar o cigarro como "adulto" e "proibido", essas companhias buscam colocar sutilmente um importante ingrediente para reforçar o comportamento rebelde do adolescente, pois entre as principais motivações para o adolescente fumar estão o desejo de se afirmar como adulto, sua rebeldia e a rejeição dos valores dos seus pais.

Essas estratégias funcionam de forma favorável aos interesses econômicos da indústria do tabaco. São estratégias contraditórias, pois estimulam o interesse dos jovens para fumar, aumentam o consumo neste segmento e beneficiam o setor tabageiro. O Estudo Global do Tabagismo entre os Jovens, realizado pela OMS em 46 países, revelou um quadro alarmante de dependência prematura. Em algumas áreas da Polônia, de Zimbábue e da China, crianças de 10 anos de idade já estão dependentes do tabaco. Os adolescentes globalizados em Nova Iorque, Lagos e Pequim são vistos como alvos fáceis pelas multinacionais do tabaco. Tendo em vista que as marcas globais são veiculadas na propaganda como um estilo de vida a ser almejado, elas tendem a ser consumidas em larga escala, levando metade de seus usuários habituais à morte.
No entanto, apesar de todas as estratégias da indústria tabageira e a falta de compromisso com a saúde, tem prevalecido o bom senso da população, e as pesquisas têm demonstrado isso de através de dados como:
- No Brasil este mesmo estudo foi realizado nos anos de 2002 e 2003 entre escolares de 12 capitais brasileiras e encontrou uma prevalência de experimentação variando de 36 a 58% no sexo masculino e de 31 a 55% no sexo feminino, entre as cidades.
- Atualmente, de acordo com o mesmo estudo brasileiro, a prevalência de escolares fumantes variou de 11 a 27% no sexo masculino e 9 a 24% no feminino.

Tabagismo feminino
Historicamente a mulher ingressou no tabagismo depois que o homem. Mas a partir do século XX houve um incremento na prevalência de mulheres fumantes. A nova inserção da mulher na sociedade nas últimas décadas tem trazido avanços no sentido de torná-la mais feliz com seu papel e conquistas, mas alguns custos são resultantes desse avanço. O uso de cigarros é um deles, e tem sido manipulado como símbolo de emancipação social da mulher.

“As mulheres estão adotando papéis mais dominantes na sociedade; elas têm aumentado o poder de consumo; elas vivem mais do que os homens. E de acordo com o que um recente relatório oficial mostrou, mulheres parecem ser menos influenciadas por campanhas contra o tabagismo do que os homens. Tudo isso faz das mulheres um alvo de primeira.Dessa forma, apesar das dúvidas anteriores, podemos deixar de considerar agora um ataque mais definido sobre esse importante segmento de mercado representado por fumantes do sexo feminino?” (Tobacco Report, 1982)

A Falsa Crença dos Cigarros “light”
A publicidade da indústria do tabaco, direcionada ao público feminino, estimulando o uso de cigarro “light”, “slim”, tem como objetivo estabelecer na mulher a crença de que esse tipo de cigarro é menos prejudicial à saúde. Isso é particularmente preocupante, na medida em que compromete a percepção do real risco ao qual está exposta, dando a falsa impressão que está diante de um produto que oferece menos danos à saúde.

Impacto do tabagismo na saúde da mulher
As principais causas de morte na população feminina hoje são, em primeiro lugar, as cardiovasculares (infarto agudo do miocárdio e acidente vascular encefálico); em segundo, as neoplasias – mama, pulmão e colo de útero; e, em terceiro, as doenças respiratórias. É possível perceber que as três causas podem estar relacionadas ao tabagismo, sendo que o câncer responsável pela maioria das mortes femininas (mama) já foi ultrapassado em incidência pelo de pulmão entre mulheres em diversos países desenvolvidos.

Dados sobre o impacto do tabagismo para a saúde da mulher
1. O risco de infarto do miocárdio, embolia pulmonar e tromboflebite em mulheres jovens que usam anticoncepcionais orais e fumam chega a ser 10 vezes maior que o das que não fumam e usam este método de controle da natalidade.

2. Mulheres fumantes de dois ou mais maços de cigarros por dia têm 20 vezes mais chances de morrer de câncer de pulmão do que mulheres que não fumam.
3. As mulheres têm risco maior de ter câncer de pulmão com exposições menores do que os homens. Adenocarcinomas ocorrem mais em mulheres fumantes do que em homens, e estão associados ao modo diferenciado de fumar (inalação profunda) e ou produtos voltados para a mulher.

4. Calcula-se que o tabagismo seja responsável por 40% dos óbitos nas mulheres com menos de 65 anos e por 10% das mortes por doença coronariana nas mulheres com mais de 65 anos.

5. Mulheres fumantes que não usam métodos contraceptivos hormonais reduzem a taxa de fertilidade de 75% para 57%, devido ao efeito causado pelas taxas de concentração de nicotina no ovário.

6. As fumantes que fazem uso de contraceptivos orais apresentam risco para doenças do sistema circulatório, aumentando em 39% as chances de desenvolver doenças coronarianas e 22 % a de acidentes vasculares cerebrais.

7. Fumar durante a gravidez traz sérios riscos. Abortos espontâneos, nascimentos prematuros, bebês de baixo peso, mortes fetais e de recém-nascidos, complicações com a placenta e episódios de hemorragia (sangramento) ocorrem mais frequentemente quando a grávida é fumante. Tais problemas se devem, principalmente, aos efeitos do monóxido de carbono e da nicotina exercidos sobre o feto, após a absorção pelo organismo materno.

8. Entre as mulheres que convivem com fumantes, principalmente seus maridos, há um risco 30% maior de desenvolver câncer de pulmão em relação àquelas cujos maridos não fumam.

9. Uma vez abandonado o cigarro, o risco de doença cardíaca começa a decair. Após 1 ano, o risco reduz à metade, e após 10 anos atinge o mesmo nível daqueles que nunca fumaram.

Tabagismo no mundo
O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. A OMS estima que um terço da população mundial adulta, isto é, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas (entre as quais 200 milhões de mulheres), sejam fumantes. Pesquisas comprovam que aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população feminina no mundo fumam. Enquanto nos países em desenvolvimento os fumantes constituem 48% da população masculina e 7% da população feminina, nos países desenvolvidos a participação das mulheres mais do que triplica: 42% dos homens e 24% das mulheres têm o comportamento de fumar.

O total de mortes devido ao uso do tabaco atingiu a cifra de 4,9 milhões de mortes anuais, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia. Caso as atuais tendências de expansão do seu consumo sejam mantidas, esses números aumentarão para 10 milhões de mortes anuais por volta do ano 2030, sendo metade delas em indivíduos em idade produtiva (entre 35 e 69 anos) (WHO, 2003).

O INCA desenvolve papel importante como Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o Programa "Tabaco ou Saúde" na América Latina, cujo objetivo é estimular e apoiar políticas e atividades controle do tabagismo nessa região, e no apoio à elaboração da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco, idealizada pela OMS para estabelecer padrões de controle do tabagismo em todo o mundo.

A Asma

 

O que é Asma
“A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas. Em indivíduos susceptíveis esta inflamação causa episódios recorrentes de tosse, chiado, aperto no peito, e dificuldade para respirar. A inflamação torna as vias aéreas sensíveis a estímulos tais como alérgenos, irritantes químicos, fumaça de cigarro, ar frio ou exercícios”.
“Quando expostos a estes estímulos, as vias aéreas ficam edemaciadas (inchadas), estreitas, cheias de muco e excessivamente sensíveis aos estímulos”. (GINA – Iniciativa Global para a Asma)
Na definição acima, temos algumas pistas importantes sobre esta doença:
- Doença inflamatória: – significa que seu tratamento deve ser feito com um antiinflamatório.
- Doença crônica: – a asma não tem cura, mas pode ser controlada.
- Indivíduos susceptíveis: – nem todas as pessoas têm asma; é preciso ter uma predisposição genética que, somada a fatores ambientais, determinam a presença da doença.
- Episódios recorrentes de sintomas:- os sintomas não estão presentes o tempo todo, são as manifestações de uma piora da inflamação, esta sim presente cronicamente.
- A inflamação torna as vias aéreas sensíveis a estímulos: é a inflamação que deixa as vias aéreas mais sensíveis, o que confirma o importante papel da inflamação nesta doença.
- Quando expostos a estímulos, as vias aéreas se tornam edemaciadas, estreitas, cheias de muco: - existem estímulos que desencadeiam as crises de asma. A presença destes estímulos, que também chamamos de desencadeadores, causa o inchaço, a presença de muco e o estreitamento das vias aéreas dificultando a passagem de ar, daí os sintomas da asma nos momentos de crise.

Os mecanismos que causam a asma são complexos e variam entre a população. Nem toda a pessoa com alergia tem asma e nem todos os casos de asma podem ser explicados somente pela resposta alérgica do organismo a determinados estímulos.
Se não for tratada, a asma pode ter um impacto significativo na qualidade de vida de uma pessoa. No entanto, se controlada, é possível levar uma vida produtiva e ativa.
Antigamente, a asma era chamada de bronquite, bronquite alérgica ou bronquite asmática. O nome asma estava vinculado aos casos mais graves. O nome correto é simplesmente ASMA.
A bronquite é, na verdade, a inflamação dos brônquios e diferente da asma pode ter sua causa bem definida, por exemplo, uma infecção por bactérias ou vírus. Também difere da asma por apresentar um tempo de início definido e poder ser totalmente tratada.
A asma pode ser classificada como intermitente ou persistente. Dentro dos quadros persistentes são definidos diferentes níveis de intensidade da doença: leve, moderada ou grave.
Esta classificação se faz de acordo com a presença dos sintomas (freqüência e intensidade), o quanto interfere no dia-a-dia do asmático e, o comprometimento de sua função pulmonar.

Asma Intermitente:
- sintomas menos de uma vez por semana;
- crises de curta duração (leves);
- sintomas noturnos esporádicos (não mais do que duas vezes ao mês);
- provas de função pulmonar normal no período entre as crises.

Asma Persistente Leve:
- presença de sintomas pelo menos uma vez por semana, porém, menos de uma vez ao dia;
- presença de sintomas noturnos mais de duas vezes ao mês,porém, menos de uma vez por semana;
- provas de função pulmonar normal no período entre as crises.

Asma Persistente Moderada:
- sintomas diários;
- as crises podem afetar as atividades diárias e o sono;
- presença de sintomas noturnos pelo menos uma vez por semana;
- provas de função pulmonar: pico do fluxo expiratório (PFE) ou volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF¹) >60% e < 80% do esperado.

Asma Persistente Grave:
- sintomas diários;
- crises freqüentes;
- sintomas noturnos freqüentes;
- provas de função pulmonar: pico do fluxo expiratório (PFE) ou volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF¹) > 60% do esperado.

CURIOSIDADE
A palavra asma vem do grego "asthma", que significa "sufocante", "arquejante".